BM: O QUE É AROMATERAPIA?
CF: A aromaterapia faz uso intencional de Óleos Essenciais (OE) a fim de promover ou melhorar a saúde e o bem-estar. Em termos globais, a Aromaterapia consolida-se como ciência na Inglaterra e na França. Para os franceses, é uma especialidade médica; já os ingleses, americanos e australianos entendem como Práticas Integrativas e Complementares (PIC). E, em países do oriente, a aromaterapia é empregada como parte da Medicina Tradicional.
No Brasil, a aromaterapia está incluída na Política de PICs do Sistema Único de Saúde (SUS), pois segundo o Ministério da Saúde brasileiro, evidências científicas têm mostrado os benefícios do tratamento integrado entre medicina convencional e práticas integrativas e complementares.
Os óleos essenciais possuem vários componentes químicos que auxiliam no tratamento de diversos distúrbios a nível integral do ser humano. São altamente voláteis e sabe-se que suas moléculas, ao adentrarem nas narinas, estimulam os nervos olfativos que, por sua vez têm uma ligação direta com o Sistema Límbico, responsável por emoções, sentimentos e impulsos motivacionais.
Existem outras duas vias de absorção dos óleos essenciais que são a via tegumentar e via oral, que em seu processo final entram em contato com a corrente sanguínea.
Podemos tratar distúrbios físicos, psicoemocionais e energéticos utilizando-se de abordagens baseadas nas Medicinas Tradicionais. É uma forma de utilizar a aromaterapia em toda sua completude.
Os óleos essenciais vêm da parte mais profunda e rica do reino vegetal. São verdadeiros presentes de cura das plantas em forma líquida.
BM: Como os OEs são produzidos?
CF: Por destilação, hidrodestilação, prensagem a frio para óleos de frutas cítricas e ainda pela enfleurage que é uma técnica de extração de OE para pétalas de rosas e jasmim. Para flores extremamente delicadas aplica-se o método de fluidos supercrítico que faz uso de gases.
BM: Sabemos que você é a diretora do NETAF, que faz um belo trabalho há anos ajudando as pessoas a ter mais qualidade de vida. Como você acha que a aromaterapia contribui para a saúde?
CF: Comecei a estudar e fazer uso pessoal dos óleos essenciais e fui percebendo os diversos benefícios de ordem física, psicoemocional e energética. Desta forma, pensando em melhorar a qualidade de vida daqueles que atendo, introduzi nos últimos anos a aromaterapia na minha prática clínica.
Em primeiro lugar, ofereço no ambiente um aroma, preparo a sala com cuidado escolhendo um óleo específico para determinado atendimento, já pensando nas necessidades do cliente. Por exemplo, precisamos promover mais foco, ou trabalhar mais com a energia feminina, ou ainda trazer animação e motivação. Para cada demanda existe uma possibilidade de OE.
Realizo também em alguns atendimentos o teste olfativo, seleciono alguns óleos essenciais para uma dinâmica introspectiva, onde o indivíduo com os olhos fechados experimenta um determinado aroma. Ele então começa a entrar em contato com emoções, sensações físicas e psíquicas, e a partir daí sigo com orientações de uso. Algumas vezes preparo um difusor pessoal, ou um roll on feito com OE e óleo carreador.
No atendimento integro outras práticas, como exercícios de respiração, exercícios sistêmicos, expressões plásticas, pois sigo a linha da Aromaterapia Integrativa.
BM: Qual mensagem você deixa para as nossas leitoras?
CF: Acalmar a mente e ter clareza nos ajuda a perceber detalhes e a nos organizar melhor diante dos diferentes desafios do dia a dia. Então, vamos lembrar de nos cuidar. Cuidar do corpo e da alma. Independentemente da idade que temos, podemos seguir adiante com melhor qualidade de vida e bem-estar.
Para quem quiser conhecer, na nossa comunidade tem quem trabalhe com os óleos essenciais: www.aromadalma.com.br
Claudia Feldman: aroma terapeuta integrativa (Fabi Correa, Instituto Ekanta) psicodramatista pela escola paulista de psicodrama, psicopedagoga clínica pelo Instituto Sedes Sapientiae, Consteladora sistêmica pelo Idesv, diretora do Netaf Núcleo de Estudos e Terapias. @netaf1 @claudiaafeldman
