Elul, o último mês do ano judaico. Um mês muito importante para nos organizar. Claro que já seria ideal saber onde vamos passar as Grandes festas, se vamos receber ou se iremos à casa de familiares ou amigos para o jantar de Rosh Hashaná, e já deixar marcado na agenda os dias importantes que estão por vir. Mas esses dias que antecedem o ano novo são também uma oportunidade incrível para nos organizarmos interna e espiritualmente. É a época do “fechamento da contabilidade” e o momento no qual cada pessoa deve olhar para dentro de si e fazer um balanço de seus atos.
É hora de fazer aquela “limpa” naquilo que não nos serve mais. É o momento propício para ser honesto consigo mesmo sobre nossas atitudes em relação ao próximo e em relação a D’us. Nos “organizar” espiritualmente nos deixa mais leves, nos dá ânimo para querer mudar, e melhorar aspectos de nossas vidas que por vezes deixamos de lado.
Mas não precisamos fazer isso totalmente sozinhos, afinal, é necessária uma forcinha de cima. E para isso, D’us está mais “perto” para nos ajudar. O rabino Schneur Zalman de Liadi, o fundador do movimento Chabad, compara o mês de Elul a uma época em que “o Rei está no campo”, em contraste com os grandes feriados, quando ele está no palácio real atrás de seus guardas. Neste momento, D’us está acessível a todos que o procuram e que desejam “vê-lo”.
Em Elul, D’us faz brilhar Seus Treze Atributos de Misericórdia. Esse despertar do Alto por sua vez induz ao nosso despertar de Baixo. Isso acontece também quando escutamos durante todo o mês o som do Shofar. Essa força Divina nos encoraja a olhar para este último ano que passou e perceber que D’us nos proporciona as ferramentas para melhorarmos e evoluirmos. Que possamos usufruir da energia deste mês para entrar no novo ano com tudo organizado e bem resolvido internamente, para que seja um Shaná Tová doce e com muito significado.
Por Dina Gourarie – Shlucha – Chabad das Vilas
dina.schildkraut@gmail.com